terça-feira, novembro 18

Euskadi Ta Askatasuna


Falando do Romântico … sim, eu tenho uma ideia Romântica acerca de Euskadi Ta Askatasuna, mas conhecido por ETA ou seja, grupo terrorista com ideologia separatista/independentista para a região do País Basco.


Dito assim até parece que ando aqui a aplaudir e mando flores e bombons aos terroristas e acho o máximo andarem ai a rebentarem com carros e pessoas …
Não é nada disso, o que acho romântico é haver gente, nos dias de hoje, que se entregue a causas desta forma, que acreditem em causas deste tipo desta forma. Eles também dão a vida pelo ideal que perseguem, isto é ser o mais romântico possível!
Ok, é um grupo terrorista, quem diz?? Considerado um grupo
terrorista pelos governos da Espanha, da França e dos Estados Unidos, pela União Européia e pela Amnistia Internacionall.

Mas afinal o que é que perseguem, porque se movem o que reivindicam?

Reivindicam a zona do noroeste da Espanha e do sudeste da França, região montanhosa junto aos
Pirineuss, virada para o Golfo de Biscaiaa, denominada por Euskal Herria

É uma ideia … mas afinal não foram este tipo de ideias que provocaram verdadeiras chacinas?? Não andavam todos à porra é a massa por independência, por afirmação??
Até o outro bateu na mãe a meu ver mal, não estávamos a aturar o Sócrates agora, tínhamos de levar com o Zapatero …
Bom eles tem esta ideia … isto de uma forma simplificada porque as implicações politicas, sociais, históricas são imensas a guerra já dura há anos desde 1952 que reivindicam o mesmo, INDEPENDÊNCIA!

Este fim de semana um dos elementos mais activos deste grupo foi preso, o designado chefe dos comandos armados do grupo, Miguel de Garikoitz Aspiazu Rubina (conhecido como Txeroki).
"Txeroki talvez seja hoje a pessoa mais importante da ETA. Ele tinha o controle do aparelho militar da organização, ou seja, era o líder de uma centena de militantes prontos para cometer atentados mortíferos, com bombas e carros-bomba", dizem .., eu acho que isto é propaganda, mas o que é que isso interessa, vai acabar a guerra deles? Vão baixar as armas só porque um deles foi preso? Não creio. Só lamento que o sujeito tenha sido preso por um motivo tão grosseiro, por uma falha de principiante … lá se foi 2.50% da minha visão romântica da questão.

Bietan jarrai

10 comentários:

v. disse...

Ser um fora da lei sempre foi romântico, acho até que o simples epipeto "fora da Lei" conserva em si mesmo todo um universo de poesia cuja dimensão última é de facto o extremo romantismo...

Claro que podemos pensar nisso como um fruto proíbido, como uma forma de liberdade... mas no fim do dia, feitas as contas às causas e às consequências, não passa de uma forma triste de rebentar bombas!

Eduarda disse...

Um destes dias é o Jardim a pedir a independência da Madeira ... mas neste caso desconfio que vamos na rua e escorregamos em cascas de banana e cenas assim, coisas para escangalhar muito.

Anónimo disse...

Realmente é uma coisa assim po romântico haver ainda pessoas que acreditam com essa paixão nos seus princípios.

Não fosse haver esse romantismo, e não teriamos tido 11 de setembro,nem 11 de março...e já agora, não fossem esses românticozinhos e ainda lá em Espanha havia mais umas centenas de pessoas para alimentar, ou pior! a engrossar as filas no desemprego.
Pois...não fossem estes românticos e não havia cá guerras que comentar na tv, certo?

Realmente faziam cá falta.
Da minha parte,podiam era experimentar o romantismo enfiando-se a eles próprios uma bomba, não, um carro-bomba cheinho de goma-2 pelo cúzinho acima!
Mas lá po deserto do sahara, que depois iamos todos ver como tinha ficado a romântica carnificina....tão gira!

Cristiana disse...

V.
De facto é uma forma triste de rebentar bombas, embora as bombas encerrem em si uma forma triste de ser... são ideais, são procuras cada um acredita no que quer ...

Estão desfazados no tempo ... são Românticos, tremendamente Românticos, coitados! Ainda acreditam em qualquer coisa!

Eduarda,
Eu cá vou já ver se encaixo a musiquinha do Cid, como um macaco gosta de banana eu gosto de ti ... É que essa cena do Jardim já teve mais longe, eu já vi isto mais queimado com a marezia ...

Cristiana disse...

Cris,
Mas os coitados dos Saharianos não devem ter culpa nenhuma do Movimento Etar ...

Eles lá para o sahara também tem os Touareg's que são muito meiguinhos ... pessoal altamente especializado, um luxo!

Sempre ouvi dizer que ninguém morre de Amor, mas de romântismo ao que parece morre-se e pelos vistos massivamente ... É ter calma é a minha interpretação deste movimento especifico, não me referi a mais nenhum e ao que me parece os 11's nada tem a ver com este movimento!

Rafeiro Perfumado disse...

Claro que é uma ideia romântica, mas penso que os fins não justificam os meios, e sempre que morre um inocente, a razão parte com ele.

Beijoca!

Anónimo disse...

Dizem que os 11 não tem que ver, pois...

Mas é que eu tenho certa dificuldade em fazer diferenças entre bárbaros, sejam etarras, al-kaedistas ou free lancers.

Para mim, quem decide que deve matar alguém para conseguir seja o que fôr, é um simples filho da puta.

Mas isso sou eu, que não sou lá muito romântica...

Cristiana disse...

Rafeiro,
Ainda que seja obrigada a concordar contigo, a razão morre com os inocentes que partem sem culpa, eu continuo a ter uma visão romântica desta "luta" o que é que eu posso fazer?? É a minha ideia, e históricamente posso dar "n" e "n" e "n" exemplos das lutas que por motivos ainda menores, fizeram muito mais mortes inocentes! Nem preciso sair deste tranquilo pais à beira mar plantado!

Cristiana disse...

Cris,
Era preciso desmembrar tantas guerras, tantas lutas para ter uma visão simples, não é tão simples assim ...
Já viste que tinhamos
que recuar tanto tanto no tempo! Estes tipos não se lembraram agora, as motivações são anteriores, repara os Al-kaedistas (como dizes) já foram apoiados (manipulados) pelo Governo dos Estados Unidos contra a ocupação Soviética nos anos 80, por exemplo!
A Al-Qaeda teve o seu ponto de partida numa organização formada por Mujahidin, esta organização foi financiada pela CIA.
Antes disso tens de atender a um factor que tem a ver com a afirmação da "lei islâmica", é a fé deles, repara que os Cristãos dizimaram povos para impôr a sua fé no tempo das cruzadas ... isto são questões historicas, umas mais fundamentalistas que outras.


Os bárbaros por exemplo que falas do ponto de vista de dizeres que são bárbaros os que cometem atentados e crimes em prol de lutas deste tipo, este nome é um nome de um povo que invadiu e provocou a queda do Império Romano, um povo extremamente rude e cruel, os Romanos que cairam pela sua invasão eles próprios não tem a reputação mais amistosa ... enfim é uma pescadinha de rabo na boca!

É claro que hoje em dia porque temos acesso praticamente imediato e muitas vezes em directo dos acontecimentos ficamos chocados e achamos que não há justificação, eu pergunto, alguma vez houve??
Não!

Para mim é e sempre foi uma questão religiosa ... por isso é que sou Atéia, fundamentalista do Ateísmo!

Mas isso sou eu ;-)

(tenho de ficar por aqui ... mas isto dá um post daqui a uns dias, ai dá dá!)

Anónimo disse...

Mas eu concordo contigo, miúda.
Também fujo de religiões, instituições de lavagem de mentes e coisas afins.
Talvez ainda não seja atéia, mas para lá caminho...ainda estou nesse limbo que chamamos de Agnosticismo.
E eu não critico os tipos de Al-kaeda por serem islamistas, não...critico que façam o que fazem para conseguir o que querem.
Se por trás, como quase sempre, estão os States, isso não lhe tira nem lhe dá maior crédito moral.
Critico os etarras por acharem que conseguem algo como a separação e a independência com o uso das armas.
Creio que não há nada, absolutamente, que justifique qualquer guerra, nada.
Detesto pensar que em estes milénios de evolução, se olharmos para trás, como bem dizes, não passamos de uns bárbaros, mesmo que vestidos de Gucci, e a fazer Cimeiras Internacionais.
Detesto qualquer tipo de violência. Seja gratuita ou motivada por "valores religiosos ou políticos".
Só entenderia a luta num contexto de sobrevivência. Nunca para obter algo.
Para isso criou-se uma coisa que se chama "palavra", ou então "negociação".
Tudo aquel que ache que para obter algo tem que matar, e falo em individuos, organizações, partidos políticos, e até governos, é para mim um autêntico lixo da sociedade.

Mas isso sou eu.
E não vejo romantismos por lado nenhum, miúda...
Abraço!