E depois das minhas aventuras, desventuras e não só...
que me mantiveram algo ausente aqui do nosso T12, venho então pegar no mote da Eduarda, para partilhar convosco, não sabendo se lhe chame um dialecto, ou uma outra língua, mas algo conhecido por linguagem “LUSO-AMERICANA”.
Este “tesourinho” assim denominado por alguns, (e por mim própria), o lindo bem falar do “LUSO-AMERICANO” é uma espécie (até parece que estou a citar?!) de mistura, mal ligada, entre o português, o inglês/americano e admirem-se, algum espanhol.
Assim passo a enunciar alguns diálogos com que me deparei, aquando da minha chegada aos E.U.A. e tomei contacto com a bela da comunidade portuguesa nos Estados de New York, New Jersey, Connecticut, Massachusets e outros.
No inicio da minha chegada fui trabalhar para uma instituição portuguesa onde trabalhavam vários portugueses/ portuguesas, que falavam com grande desenbaraço, o tal bem dito Luso-Americano, que no inicio não me foi muito fácil de descodificar!
Passado cerca de uma semana sou abordada por um senhor, português que trabalhava na mesma instituição havia já cerca de 20 anos e me diz:
Sr.C - Então com é que está?
- Tudo bem. - Respondi eu.
Sr.C - E está a enjoar?
- A enjoar??? Não até estou muito bem disposta!
Sr.C – Pois a enjoar! Pois claro que bem se vê, que está a enjoar!
- Não sei muito bem o que o leva a afirmar tal coisa, mas não me sinto enjoada ou nada parecido... estou até a gostar!
Sr. C – Pois e não é o que eu digo????!!! Está a enjoar, vem de “enjoy”, está a perceber?!
- Aaahhh... sim pois claro, concerteza que estou a enjoar imenso. Não estava de facto a perceber...
Foi aí que tive o primeiro encontro imediato com o LUSO-AMERICANO, que tem expressões e palavras hilariantes. E se não acreditam ora vejam lá algumas das estórias que já ouvi e com as quais fui aprendendo, a descodificar esta maravilhosa forma de comunicar:
“- Hoje já corro “late”. Passei na estoa (store) para fazer shoping. Como tinha o carro mal parkeado (parked), fiz tudo a correr. Resultado esqueci-me de duas bégas (bags), com duas panas (pans). Já vinha ao fundo do rôdo (road), quando dei conta, voltei pa trás e ainda mandei com uma roda no curbo (curb), olvida-te!”
“- Agora estou muito busy, depois chamo-te patrás (Call you back)”.
“- E quando é que tenho que ir à córte (court)??”
“- Tenho os bilos (facturas- bills) para pagar!”
E como já me alonguei bastante por hoje, prometo voltar em breve, com mais LUSO-AMERICANO e outras estórias nas terras do tio Sam e não só...
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