terça-feira, outubro 28


Ainda me encontrava a uns bons 2 kms mas já avistava qualquer coisa, um ponto, que não sendo certo, tinha a convicção de ser um poço ...


(Havia a convicção que era um poço?? Havia, mas havia a convicção porque era exactamente dele que andava à procura… avistei o ponto e pensei - Ora lá está ele, igual ao que me contaram, no sitio exacto, hora certa tempo ideal …)


…tudo bem, um poço é um poço, cresci no alentejo, tenho cá medo de poços…


(um poço é um poço, uma criança é uma criança, o medo é de quem teme a curiosidade é de quem quer “crescer” ainda mais …)


…aproximei-me, olho e nem se vê o fundo, vejo tudo aquilo que levaria muitos a afastarem-se, a não terem interesse, a fugirem, vejo água, vejo lodo qb, julgo ter visto alguns fantasmas até...


(não vejo o fundo e não me afasto … só assim é que tem interesse! Lá sou pessoa para aquários!!!)


…vejo que não me devo aproximar, mas em momento algum hesito, e não hesito, porque hesitar me irrita, porque nunca deveria ter hesitado noutros momentos da minha vida ...


(Não me devo aproximar…!? Nos poços há tubarões? Dos grandes? Há! Então não há lugar a hesitações! Antes um tubarão a um Robalo que aquacultura!!!)


… hoje quando vejo aquele poço avanço sim e sem medos, chego perto, não tem corda, não tem escapatória, não quer de todo dizer que não tem salvação e saltei na mesma ...


(Salto, salto sem medo mas salto a perguntar-me: “porque é que um salto sem escapatória tem muito mais graça?!”)


…porque tal como li um destes dias aqui mesmo ao lado "mais vale a sarjeta da verdade que o trono da ilusão" ...


"Mais vale a sarjeta da verdade que o trono da ilusão"

1 comentário:

Eduarda disse...

minha amiga... e é por estas e tantas outras que seremos sempre amigas, porque lemos e escrevemos nas entrelinhas... e tantas vezes não precisamos dizer nada... bom uns pontapés por baixo da mesa são sempre necessários!